Informações divulgadas em agosto pelo MEC – Ministério da Educação, apontam níveis alarmantes em relação ao conhecimento do brasileiro em outras línguas. Ao todo, apenas 2% possuem fluência em inglês e os números caem ainda mais quando se trata de outros idiomas. Diante de uma forte globalização, fica a pergunta: como mudar esse cenário?
Para Júlio César F. Vieitas, Gerente Acadêmico do Centro Britânico Franquias, existem cinco motivos capazes de justificar essa realidade: localização, educação e falta de participação. Veja abaixo a explicação para cada uma delas:
1. O sistema educacional: em países europeus e asiáticos a língua inglesa é ensinada na escola pública e alunos aprendem a falar, ouvir, ler e escrever, sem ter de procurar um curso extra. O mesmo ocorre com o ensino de espanhol, italiano, chinês e japonês, nos países onde esses dialetos são relevantes.
2. Participação no mercado internacional: não é surpresa o número de organizações, onde outros idiomas são regularmente usados, ficar muito abaixo do esperado. Isso se deve à baixa inserção do Brasil no comércio global. Apenas para efeito de comparação, o Brasil contribui com apenas 1% do comércio internacional. A China tem participação 12 vezes maior.
3. Distância geográfica: é muito comum ver os europeus falarem mais de dois idiomas. A Suíça tem quatro línguas oficiais, por exemplo. Isso se deve à proximidade geográfica e cultural entre os países. Nós, apesar de fazermos fronteira com dez países cuja fala materna é o espanhol, temos em nossa área fronteiriça uma pequena parte de sua população. A grande maioria dos tupiniquins reside próximo à faixa litorânea, especialmente na região sudeste. Logo, o contato com povos de fala hispânica é reduzido e limitado.
Para Antonio Carlos da Silva, professor do curso de Letras e Mestrado do Centro Universitário Anhanguera de Niterói - Unian, no Rio de Janeiro, a relevância de aprender outros idiomas esta implicada na possibilidade de ampliação do universo do sujeito, o qual passa a ter ferramentas para apropriar-se de outros saberes e de vivências relacionadas à sociedade, economia, política, produção artística e literatura. “Ou seja, garante o acesso e a interlocução com outras culturas, fortalecendo o seu universo e ampliando a sua cidadania, pois rompe com fronteiras e compartilha de novos conhecimentos e experiências”, comenta.
Portanto, reveja seu tempo e dedique-se ao aprendizado!
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