Uma pesquisa feita pelo QEdu: Aprendizado em Foco, uma parceria entre a Meritt e a Fundação Lemann, organização sem fins lucrativos voltada para educação, revela: menos da metade dos professores das escolas públicas brasileiras tem o hábito de ler no tempo livre. Espantou-se com essa realidade? Veja mais informações abaixo.
Dos 225.348 professores participantes do estudo, 101.933 (45%) leem sempre ou quase sempre, 46.748 (21%) o fazem eventualmente e 76.667 (34%), nunca ou quase nunca. As respostas foram dadas aos questionários socioeconômicos da Prova Brasil 2011, aplicados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Para Denise Pazito, professora e pedagoga no Espírito Santo, “muitos brasileiros terminam o ensino básico sem ler um livro inteiro. Além da falta do hábito, a questão pode estar ligada a infraestrutura”. Ela analisa: "O número de professores incompatíveis com a prática da leitura é chocante, mas isso pode estar ligado ao acesso. É preciso lembrar: faltam bibliotecas e obras literárias são caras. Um professor de educação básica ganha em média 40% menos se comparado a um profissional de ensino superior. Faltam políticas de incentivo".
Um levantamento divulgado em janeiro pelo movimento, aponta a necessidade de se construir 128 mil bibliotecas escolares em sete anos, no intuito de equilibrarmos a questão no Brasil. Para sanar o déficit até 2020, deveriam ser erguidos 39 espaços por dia, em unidades de ensino públicas e particulares. Atualmente, a deficiência é maior nas escolas públicas (113.269), obrigando a construção de 34 unidades, diariamente, até 2020.
Responsável pelo estudo, o coordenador de Projetos da Fundação Lemann, Ernesto Martins, vê o país vivendo uma época de inovações no ensino e de incorporação dos meio digitais. "Existem muitos desafios ligados a problemas de infraestrutura. Não apenas de acesso às máquinas, mas de acesso à Internet, à qualidade dos sinais", disse. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ressaltou a importância dos meios digitais: “O conteúdo ao qual o filho dos mais ricos tem acesso pode ser dado aos menos servidos. Queremos tornar a educação não algo escasso, mas um direito humano para todas as pessoas”, concluiu.
“Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história” – Bill Gates. Reflita sobre a frase desse importante personagem da sociedade tecnológica e preserve o hábito de “devorar” os livros!
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