Um estudo elaborado pelo instituto Data Popular sobre as favelas brasileiras aponta apenas 5% dos moradores dessas comunidades com diploma do ensino superior. O Nube separou dados para ilustrar as perspectivas atuais do Brasil, quanto à educação para os menos favorecidos economicamente.
Nos últimos dez anos, o número de moradores formados no ensino médio quase triplicou. Em 2002, 13% da população das favelas havia terminado o ciclo básico de ensino, mas, atualmente, essa porcentagem subiu para 35%, segundo a pesquisa. Hoje, 12 milhões de pessoas vivem nessas regiões.
Os dados foram analisados usando informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo do Data Popular foi feito em parceria com Celso Athayde, ex-dirigente da Central Única de Favelas (Cufa). Apesar de representar apenas 5% da população total, o crescimento de pessoas com nível superior nas comunidades foi o maior entre todos os níveis de escolaridade: em 2002, essa porcentagem era de 1%, segundo o estudo do Data Popular.
O aumento no índice de moradores com ensino médio e superior foi acompanhado da queda na quantidade de pessoas com níveis mais baixos de escolaridade. Se em 2002 mais da metade dos residentes das comunidades era analfabeta (51%), hoje já é menos de um terço (33%). “Há dez anos, 35% da população em questão tinham cursado parcial ou integralmente o ensino fundamental. Atualmente, o número caiu para 27%”, afirma Celso Athayde.
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