A Líbia ultrapassou o Egito entre os países mais citados nas redes sociais, em 2011. Sabe dizer a razão? Desde 1969 no poder, Muammar Gaddafi foi assassinado no último dia 20 e o acontecimento trará consequências para todo o planeta. Entenda na matéria do Nube News, o papel do Brasil nesse contexto e veja quais serão as mudanças de caráter político e econômico, daqui para frente.
O anúncio feito pelos rebeldes, sobre o fim da vida do então foragido ditador, marca o início de uma nova era para a Líbia. A revolta registra dois momentos distintos nos últimos oito meses: a princípio, a movimentação pacífica reunia cidadãos em praças públicas, reivindicando direitos de liberdade. No entanto, devido à reação militar, as ações populares se transformaram em uma guerra civil, causando milhares de mortes, além da fuga de um milhão de civis .
No setor econômico, os impactos também foram efetivos. Os números divulgados pela Secex - Secretaria de Comércio Exterior, de janeiro a setembro de 2011, são impressionantes. As exportações do Brasil para o país africano ficaram na casa de US$ 75 milhões. O valor representa uma queda de 72% em relação ao mesmo período de 2010. Segundo a Câmara Árabe, os produtos mais exportados para a Líbia foram cereais, açúcar e carnes. Já as importações brasileiras registraram queda de 99% no período e o somente foi comercializado o plástico.
O superintendente do Nube e também economista, Alberto Cavalheiro, explica a questão financeira: “a instabilidade política e os confrontos constantes, fizeram da Líbia um lugar de incertezas. As empresas brasileiras situadas no território, por exemplo, precisaram cessar suas atividades para fazer a segurança dos seus maquinários. Logo, as relações econômicas ficaram travadas”, afirmou o gestor.
Apesar do momento não ser promissor, as expectativas são boas quanto às soluções da crise. Para o doutor em direito internacional e especialista em Oriente Médio, Salem Nasser, a presença do Brasil nesse debate é estratégica e construtiva. “A Líbia é um país rico e importante para se estar”, sintetiza Nasser. A supervisora comercial do Nube e historiadora, Marina Kraiser, compartilha da opinião e acrescenta: “devemos manter um contato estratégico, independente da nação envolvida. É preciso ter cordialidade e eficiência nas relações internacionais” enfatiza Marina.
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