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Cuidado com apelidos e discriminações 

Notícia | 06/09/2010

Você já sofreu com apelidos de mau gosto? Fez chacota com seus amigos mais cheinhos ou os muito magros? Pois saiba: essa prática é chamada de bullying. O termo é usado para indicar um ato de violência física ou psicológica cometido intencionalmente e de maneira repetitiva por uma ou mais pessoas. A palavra inglesa refere-se ao verbo ameaçar, intimidar.

Apelidos pejorativos, preconceito com raça, cor, religião, sexualidade e até piadinhas são considerados agressões. A prática de humilhar amigos, familiares, vizinhos e colegas de trabalho fere os princípios do Código Civil, podendo gerar indenização ao agredido.

As pessoas quando sofrem bullying podem ter sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.

Os autores geralmente tem pouca empatia, pertencem a famílias desestruturadas, com relacionamento afetivo precário ou inexistente. Os alvos são pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação e forte sentimento de insegurança, os impedindo de solicitar ajuda.

Segundo uma pesquisa realizada no país pela ONG Plan Brasil em escolas públicas e particulares, as humilhações típicas são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades com maior incidência dessa prática são Brasília, Belo Horizonte e Curitiba. O estudo foi realizado com mais de cinco mil estudantes e cerca de 28% deles já sofreram maus tratos.

Os mais atingidos são os meninos: 12,5% foram vítimas desse tipo de agressão. O número cai para 7,6% entre as meninas. A sala de aula é apontada como o local preferencial das agressões, onde acontecem cerca de 50% dos casos.

Os superiores, sejam os professores na escola ou os gestores no trabalho, não devem banir as brincadeiras entre as equipes. Precisam apenas distinguir o limiar entre uma piada aceitável e um desrespeito. Para isso, basta se colocar no lugar da vítima.

A gerente de treinamento do Nube, Carmen Alonso, dá uma dica importante: “Quem passa por esse tipo de agressão, seja no estágio ou na escola, deve conversar com os pais para ter a ajuda necessária e não causar prejuízos na personalidade”.

Lembre-se: você não está errado em denunciar essa prática, pois deve ajudar a erradicá-la. Caso veja isso acontecendo com algum amigo ou colega, auxilie!

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